Objetivos da ONU para a Arquitetura
- liriostudioarq
- 7 de fev.
- 4 min de leitura
Se você é uma pessoa que está cronicamente online ou pelo menos gosta de pesquisar sobre o bem-estar ou ainda trabalha com algo relacionada, sabe que a ONU tem 17 objetivos globais para todos relacionados e participantes pela assembleia das nações Unidas (e até não relacionados, pois são temas importantes para serem seguidos) executarem em suas cidades, até 2030.

Acima você pode verificar cada objetivo e suas explicações por aqui: Site da ONU, e ficar de olho nos jornais e redes sociais verificadas do governo e estados.
Temos alguns temas que interagem com a arquitetura, com o meio de construção como os itens: 6, 7, 9, 12 e 13 e um item que é a essência da produção de Arquitetura e Urbanismo o item 11 - “Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis” além dos 17 objetivos cada um deles tem subpontos para o auxílio da crianção de uma sociedade mais inclusiva e saudável, sendo assim do objetivo 11 são 10 subpontos, são eles:
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas
11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e sustentáveis, em todos os países
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas causadas por elas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência
11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, periurbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento
11.b até 2020, aumentar substancialmente o número de cidades e assentamentos humanos adotando e implementando políticas e planos integrados para a inclusão, a eficiência dos recursos, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a resiliência a desastres; e desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030, o gerenciamento holístico do risco de desastres em todos os níveis
11.c apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência técnica e financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais
Essa descrição é retirada do próprio site da ONU, e o que implica em cuidar e criar cidades sustentáveis e inclusivas para a sociedade? pois cada cidade tem um tipo de cultura como já foi citado em um post anterior (clique aqui para ler o post), sendo assim é importante ter essa base geral para orientar cada líder das nações. Infelizmente o prazo de conquista foi vencido (era para o ano de 2020), e muitos objetivos na verdade foram fracassados ou não conquistados ao longo dos anos, cabe agora, os governos junto das pessoas na sociedade tentar vencer esse prejuízo, afinal, quando falamos de aquecimento global, falamos de perda e morte da sociedade e não do planeta, ele sobrevivei e se regenera, a humanidade possivelmente não, de acordo com dados brasileiros ainda há pessoas sem saneamento básico, tendo 61,9% que tem acesso (2019).
De acordo com pesquisa, site Caos Planejado “A estimativa do déficit habitacional para o Brasil foi de 5,876 milhões de domicílios, sendo a grande maioria, 5,044 milhões, em zona urbana. A falta de regularização fundiária urbana constitui um problema estrutural para o país, podendo alcançar até 100 milhões de pessoas. Os “aglomerados subnormais”, assentamentos urbanos com condições habitacionais e de ocupação precária, alcançam mais da metade dos domicílios nos municípios de Belém (55,5%) e de Manaus (53,37%), sendo também em número elevado em Salvador (41,83%) e em Vitória (33,15%). Além disso, a população que vive em áreas de risco, sujeitas a alagamentos ou desmoronamentos, totalizava 8,3 milhões de habitantes em 2010, situados em 872 municípios no Brasil.”
Ou seja, há muito trabalho para profissionais da área junto de seus governos para o melhoramento da sociedade, percebe-se que há muitos arquitetos que utilizam esse texto, da ONU como base para a concepção de projetos e soluções para a humanidade, sempre tem o pavilhão da Serpente ou Serpentine Gallery Pavilion , como uma forma de estudo de materiais e soluções variadas, você pode verificar as imagens e postes no Archdaily, onde a cada ano eles postam sobre o tema e o objetivo da vez.
De qualquer forma a cada dia mais, o arquiteto utiliza de seus conhecimentos para a criação de cidades mais seguras, verdes, acessíveis mesmo que percalços acontecem um dos exemplos seriam o Micro Parque Comunidade de Songzhuang, na China dos arquitetos Crossboundaries e o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro do arquiteto Santiago Calatrava.
(“Urbanização Progressiva: alternativa para a informalidade”)
Comments